chorando a gente lava a alma
depois dançamos riscando o chão da sala
a janela transmiti um amistoso de rua
um colorido menino na laje me sorri
e o seu sorriso aponta um céu infestado de pássaros de vareta, papel de seda e rabiola
o sangue jorra, dedos da mão cortados
mas comemora e sei o que
sabemos o que
e riscamos mais ainda o chão de nossa sala
a rua urra: é relo, rélouuuu, rélouuuuuu, dig-dig rélouuuu
assisto minha janela com a mesma graça que dona Ana da rua 15 chora vendo novela
na tv
me remete, sem embargo, ao menino que foi na asa do tempo mas que se eternizou: seu manuel de barros
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